Um sujeito em seu quarto sozinho em meio aos pensamentos vagos que lhe vem à cabeça, triste e agoniado com o dia que tinha carregado das costas, olhava ao seu redor, reparava em seu quarto, os livros na estante, a janela, as paredes sujas, os sapatos ao pé da cama. Levantou-se em um pulo e ficou olhando para o nada.
- Será?
Vestiu-se e foi á sua. Em meio às caminhadas sem rumo refletia sobre o pensamento repentino que veio a sua mente como uma bala perdida que o atinge sem aviso, sem cerimônias. Ele pensou que vivia só o mundo! Mas como poderia viver só no mundo? Como que tal pensamento pode vir à mente do pobre garoto? Parecia impossível, mas ele ainda estava chocado com essa idéia que o perturbou por horas. Será que tudo que ele vivenciou era fruto de uma mente fértil ou que ele fosse um pensamento de outra pessoa que estava a lembrar de suas experiências?
- Senhor, poderia me informar que horas são? – disse um velhinho que estava sentado ao lado de seu trajeto.